quarta-feira, julho 09, 2008

Acessibilidade, um direito de todos

* Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'

Liberdade para ir e vir. Esta é uma realidade ainda distante para portadores de necessidades especiais que precisam se locomover pelas ruas da cidade, principalmente quando se trata de cadeirantes. Recife é uma cidade longe de ser padrão, mas tem se esforçado em inserir esta camada da população que equivale a 16,9% dos recifenses (uma média de 250 mil pessoas).

As calçadas de um modo geral não estão adaptadas aos cadeirantes que têm dificuldades em sair sozinhos, como disse em entrevista o advogado Etoly Bauboa, que passou a usar cadeira de rodas há pouco mais de 10 anos. “Eu gosto de minha liberdade e sou prejudicado por não haver estrutura para minha locomoção, principalmente quando saio de ônibus pela cidade”, afirmou o advogado.

O transporte público possui uma média de 350 linhas que atendem toda a Região Metropolitana, mas apenas 46 linhas (13,15%) são adaptadas. “Sempre saio acompanhado quando vou andar de ônibus, pois preciso de ajuda para subir nos ônibus que não possuem elevador. A vaga para portadores de necessidades especiais é muito restrita e está sempre lotada”, lamentou Etoly Bauboa.

Como se não bastasse a baixa quantidade e a falta de espaço, a demora é um outro problema agravante, já que os ônibus levam em média uma hora e meia há duas horas para completar o percurso. A presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade da EMTU, Fernanda Gouvêa, foi procurada pela equipe de reportagem, mas não pôde dar entrevista por estar fazendo trabalho externo pela empresa.

Mesmo sendo alvo de duras críticas, o corredor Leste-Oeste, localizado na Avenida Conde da Boa Vista, é um exemplo de inclusão social. Calçadas e paradas de ônibus foram adaptados aos portadores de necessidades especiais, como afirmou Glória Brandão, coordenadora da Comissão Municipal Permanente de Acessibilidade (CPA). “O corredor é o primeiro corredor de transporte coletivo acessível da cidade porque foi criado de acordo com a Norma Brasileira de Acessibilidade.”

A Norma Brasileira de Acessibilidade (NBR 9050) existe desde 2004 e surgiu para ajudar a criar espaços inteligentes aos portadores de necessidades especiais como locais de hospedagem, edificação de mobiliários, espaços e equipamentos urbanos que incluem elevadores, banheiros, cozinhas, escolas, formas de sinalização, etc. Enquanto a sociedade não toma consciência de criar espaços aptos a esta parcela da sociedade, eles continuarão perdendo o direito de ir e vir como um cidadão qualquer. “Deixei de freqüentar alguns ambientes por falta de acesso”, concluiu o advogado Etoly Bauboa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Os deficientes ainda passam por sérios prblems de estrutura no Brasil. Mas acredito que o quadro já esta revertendo e a tendência é melhorar.

nert disse...

liberdade e´um obstaculo a ser vencida por alguns tatos cadeirantes que existe no mundo cadeirante não combina com privaçoes pelo contrario os cadeirantes tambem sao cidadoes que merecem ser vistos como pessoas normais aptos a um ensino educacional de qualidade, e responsavel. uma axistencia medica cidadã uma seguranrança mais agil, e ligeira. hoje em dia comenta se muito hoje dainclusao das pessoas portadoras de deficienciencia a sociedade mas como pode ser uma realidade sem conciencia