quarta-feira, julho 30, 2008

Transporte metro-ferroviário mais seguro

Nota publicada no Jornal do Commercio
Terça, 22 de julho de 2008

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Metrô seguro - O índice de ocorrências policiais nas estações e trens do Recife teve uma redução de 72%, no período de 2004 a 2008. A constatação é do Departamento de Segurança da CBTU - Metrorec. Nenhum homicício foi registrado no período avaliado.



Depender do sistema metro-ferroviário como transporte já não dá mais tanta dor de cabeça. Para a surpresa de muitos, o número da violência está diminuindo a cada ano, favorecendo a segurança dos funcionários e usuários desse tipo de transporte. O órgão responsável por todo o sistema metro-ferroviário, a CBTU-Metrorec) divulgou nos últimos dias um balanço positivo das ocorrências de violência dentro de estações, trens e metrôs do Recife e Região Metropolitana. De quatro anos para cá, foi registrada uma queda de 72% no número de ocorrências policiais.

Os dados não mentem: enquanto que em 2004 as queixas de furtos e roubo nas bilheterias foram 23, em 2008 o número caiu para apenas uma queixa. Também não houve registro de homicídios. Para o bilheteiro Fernando Pereira, que trabalha na Estação Recife há quatro anos e meio, a vigilância interna perto das bilheterias está sendo efetiva. "Assalto nas bilheterias caiu muito. Antes, de mês em mês, a gente sabia de um, mas ultimamente tem parado, acho que faz uns dez meses que não tem nenhum."

Segundo o chefe de segurança da CBTU-Metrorec, Marco Menezes, a diminuição do índice de violência se dá “ao trabalho excessivo que está sendo feito há muito tempo, desde 2003 quando teve um aumento na criminalidade”. A equipe do Metrorec criou uma nova estratégia de segurança pública, colocada em prática por um grupo terceirizado em conjunto com o policiamento rodoviário.

“Eles atuam em ronda, passam um tempo em um local, depois vão para outro, porque não tem como cobrir todos os lugares e o meliante atua justamente quando não tem os grupos de segurança. Em alguns casos a segurança trabalha sem farda misturada às pessoas comuns, para que a gente possa identificar os pontos”, explica Marco Menezes sobre o trabalho da segurança. “O trabalho vai ter continuidade. Nosso objetivo é zerar as ocorrências. Não posso dizer que não haja, mas elas diminuíram consideravelmente, dificilmente ocorrem.”

Com a vigilância em alta quem sai no lucro é a população. "De qualquer forma a violência existe, mas diminuiu muito. Aqui eu nunca vi", declarou Zilma Dantas, que trabalha na limpeza da Estação Recife há 20 anos. Ela já passou por várias estações, inclusive a Joana Bezerra que é considerada a mais violenta, e disse nunca ter passado por nenhuma situação violenta.

É o que confirma o aposentado Ivanildo Celestino da Silva, que utiliza o metrô há 25 anos, cinco vezes por semana. Ele concorda com a diminuição da violência nas estações e metrôs, mas adverte: "Aqui no metrô a gente não acha violência não, mas nos ônibus tem muito". Resta agora torcer para que a efetiva segurança do sistema metro-ferroviário seja realizada também nos outros transportes urbanos, garantindo uma maior qualidade de vida aos recifenses.

quarta-feira, julho 09, 2008

Acessibilidade, um direito de todos

* Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'

Liberdade para ir e vir. Esta é uma realidade ainda distante para portadores de necessidades especiais que precisam se locomover pelas ruas da cidade, principalmente quando se trata de cadeirantes. Recife é uma cidade longe de ser padrão, mas tem se esforçado em inserir esta camada da população que equivale a 16,9% dos recifenses (uma média de 250 mil pessoas).

As calçadas de um modo geral não estão adaptadas aos cadeirantes que têm dificuldades em sair sozinhos, como disse em entrevista o advogado Etoly Bauboa, que passou a usar cadeira de rodas há pouco mais de 10 anos. “Eu gosto de minha liberdade e sou prejudicado por não haver estrutura para minha locomoção, principalmente quando saio de ônibus pela cidade”, afirmou o advogado.

O transporte público possui uma média de 350 linhas que atendem toda a Região Metropolitana, mas apenas 46 linhas (13,15%) são adaptadas. “Sempre saio acompanhado quando vou andar de ônibus, pois preciso de ajuda para subir nos ônibus que não possuem elevador. A vaga para portadores de necessidades especiais é muito restrita e está sempre lotada”, lamentou Etoly Bauboa.

Como se não bastasse a baixa quantidade e a falta de espaço, a demora é um outro problema agravante, já que os ônibus levam em média uma hora e meia há duas horas para completar o percurso. A presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade da EMTU, Fernanda Gouvêa, foi procurada pela equipe de reportagem, mas não pôde dar entrevista por estar fazendo trabalho externo pela empresa.

Mesmo sendo alvo de duras críticas, o corredor Leste-Oeste, localizado na Avenida Conde da Boa Vista, é um exemplo de inclusão social. Calçadas e paradas de ônibus foram adaptados aos portadores de necessidades especiais, como afirmou Glória Brandão, coordenadora da Comissão Municipal Permanente de Acessibilidade (CPA). “O corredor é o primeiro corredor de transporte coletivo acessível da cidade porque foi criado de acordo com a Norma Brasileira de Acessibilidade.”

A Norma Brasileira de Acessibilidade (NBR 9050) existe desde 2004 e surgiu para ajudar a criar espaços inteligentes aos portadores de necessidades especiais como locais de hospedagem, edificação de mobiliários, espaços e equipamentos urbanos que incluem elevadores, banheiros, cozinhas, escolas, formas de sinalização, etc. Enquanto a sociedade não toma consciência de criar espaços aptos a esta parcela da sociedade, eles continuarão perdendo o direito de ir e vir como um cidadão qualquer. “Deixei de freqüentar alguns ambientes por falta de acesso”, concluiu o advogado Etoly Bauboa.

segunda-feira, julho 07, 2008

Por que esse mercado cresce tanto?

Nota publicada no Diario de Pernambuco
Sábado, 28 de junho de 2008

Alerta - Pesquisas mostram que recifenses compram mais produtos piratas do que paulistas, cariocas e mineiros, razão pela qual a Câmara Americana de Comércio (Amcham) resolveu trazer para cá, no segundo semestre, o Projeto Escola Legal. É uma forma de alertar educadores, pais e alunos sobre problemas ligados ao consumo de produtos de fundo de quintal.



O comércio ilegal de produtos piratas envolve as mais diversas mercadorias, desde roupas, tênis, CD’s e DVD’s, à utensílios domésticos, programas de computador e medicamentos. Segundo uma pesquisa feita pela Fecomércio, do Rio de Janeiro, mais de 40% da população brasileira consome produtos piratas.

O estudante de direito Tiago Vasconcelos, 20 anos, consome produto pirata. “O preço dos CD’s e DVD’s nas lojas são caros demais, nos carrinhos de rua, posso comprar dois DVD’s por R$ 5. Óculos e tênis também compro mais barato do que nas lojas. Sei que não é bom para os eletrodomésticos, nem para saúde, mas como não posso comprar o original, não tenho outra alternativa”, comentou.

A clínica geral Lízia Cavalcante alerta para os perigos de usar produtos falsificados. “Há casos em que bonecas piratas são feitas de lixo hospitalar reciclado. Já os óculos escuros vendidos nas ruas, em vez de proteger, podem causar lesões na retina e até mesmo levar a catarata. A mesma regra também se aplica aos óculos de grau. Entretanto, os medicamentos falsificados são os mais prejudiciais à saúde. Só este ano foram descobertas três marcas falsificadas”, afirmou a médica.

Conscientizar a população quanto aos danos causados pelos produtos pirateados não é tarefa fácil. De acordo com uma pesquisa realizada e divulgada pelo Ibope, nove a cada dez recifenses consomem ou já consumiram produtos falsificados, no qual o CD e o DVD estão no topo da lista dos mais procurados.

Para tentar competir com esse mercado, artistas locais, como o cantor e compositor, Silvério Pessoa, são a favor da liberação das músicas na internet, pois seria uma forma de inibir o comércio ilegal. Já a vocalista da banda Swing do Pará afirma que a venda nas ruas é uma publicidade extra, pois divulga o trabalho da banda, uma vez que os grupos faturam por quantidade de shows realizados. Outro fator alegado pelos artistas é o valor exorbitante de impostos inseridos nos produtos, causando o aumento de preço. Cantores como Agnaldo Timóteo e o Deputado Federal (PTB-SP), Frank Aguiar, começaram a aderir à produção independente de CD’s.

No começo do ano, a delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários da PF de Pernambuco (Delefaz) apreendeu em um depósito, na Dantas Barreto, 40 mil CD’s piratas. Diante de tal realidade a Câmara Americana de Comércio (Amcham), implantou no Recife, o Projeto Escola Legal, para conscientizar os jovens através da educação de que pirataria é crime e produtos deste tipo representam um risco à saúde pública. De acordo com o artigo nº.184, a falsificação de produtos é crime, pois quem viola direitos autorais está sujeito a pena que varia de dois a quatro anos de prisão, além da aplicação de multa.

* Representantes da Amcham foram procurados pela equipe do Nota Cidadã, mas não responderam nossos recados.

terça-feira, julho 01, 2008

Programação cultural de férias

* Pauta idealizada pelo Nota Cidadã

Nestas férias de julho, o público infanto-juvenil conta com uma ampla programação cultural de lazer. De segunda a sexta, das 8h às 17h, a Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (BPE) oferece uma programação diversificada, que inclui oficinas de leitura, teatro, circo, contação de histórias, palestras e até sessão de cinema. As crianças vão poder mergulhar em um mundo de imaginação e conhecimento e, mesmo nas férias, não cessar o aprendizado.

A iniciativa visa estimular o hábito da leitura, usando as atividades para despertar o interesse dos jovens. É o que explica a gestora da biblioteca, Roberta Guedes: “Tudo é, sobretudo, um hábito cultural, que precisa realmente ser estimulado para se tornar hábito e atitude de vida. As nossas atividades estão voltadas para essa ação”.

Segundo a pesquisa ‘Retratos da leitura’ feita pelo Instituto Ibope em maio deste ano, a média de leitores brasileiros já é de 50 milhões, número que vem crescendo a cada ano. A pesquisa ouviu pessoas a partir de cinco anos de idade, e constatou que 55% dos entrevistados leram pelo menos um livro nos últimos três meses. A maior parte dos leitores são jovens, que geralmente tornam-se apaixonados pelos livros a partir da influência das mães.

A pesquisa mostra ainda que nos últimos oito anos, o índice de leitura dobrou, passou de menos de dois livros lidos por ano para 3,7. Mas, mesmo com o aumento do índice, o número de brasileiros que aprenderam a ler e a escrever e que têm dificuldade na compreensão de textos, ainda é grande. É o chamado analfabetismo funcional, que atinge a mais de 60% da população.

Nesse sentido, vários fatores contribuem para essa realidade. Como a baixa qualidade dos sistemas de ensino e a infra-estrutura deficiente que oferecem, a desvalorização e desmotivação dos professores e a ausência de leitura no cotidiano do brasileiro. “A importância dessa ação é justamente fazer com que o público passe a freqüentar mais esses espaços de leitura”, afirma Roberta Guedes.

Assim é essencial o estimulo à leitura dos jovens para o crescimento deles juntamente com o desenvolvimento do país. Roberta Guedes conclui destacando que “essa é a grande missão de um espaço cultural, principalmente de uma biblioteca pública, de uma sessão infantil, despertar o prazer pela leitura”. A programação está disponível no site da secretaria de educação www.educacao.pe.gov.br e também inclui atividades como exibição de filmes e exposições para adultos e pessoas da terceira idade.

segunda-feira, junho 30, 2008

Animais: descaso por todos os lados

*Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'


Paralelo à inauguração da primeira Delegacia de Meio Ambiente e de Infrações de Menor Potencial Ofensivo (Dimpo) do estado, na sexta-feira (27), é uma ironia relatar que na manhã do sábado (28) um cavalo amanheceu morto no cruzamento das ruas Ulisses Montarroyos e Antônio Carlos Zarzam, no bairro de Candeias, Jaboatão dos Guararapes. Ameaçando inalar mau cheiro e atrapalhando o trânsito, o animal ficou no local por horas até ser removido no final do sábado.

Ao serem procurados, os possíveis órgãos competentes a efetuar o serviço de remoção do animal ou informar a população quanto aos procedimentos corretos, não deram informações satisfatórias. Um órgão foi passando a responsabilidade para outro e assim por diante, sem terem certeza de qual é o verdadeiro responsável pelo serviço. Imagine a população!

Moradora da rua próxima ao local onde o cavalo amanheceu morto, a professora Valéria Tabosa não esconde a insatisfação com a falta de informação. “Entrei em contato com o Corpo de Bombeiros e me mandaram ligar para a prefeitura e saber o órgão que faz a remoção de animais em vias públicas, porque não é responsabilidade deles. Nem o telefone de contato eles sabiam informar.”

O órgão da prefeitura responsável seria o Centro de Controle de Zoonoses, mas ao entrarmos em contato fomos informadas que o centro trata de animais vivos, para cuidar da saúde deles. Já os animais mortos são responsabilidade da Empresa de Desenvolvimento de Jaboatão (Endeja). Confirmando ainda mais o descaso com o fato, durante todo o sábado a equipe de reportagem não conseguiu entrar em contato para cobrar a remoção do animal, tampouco para entrevistar o responsável pela Empresa.

De outro lado, o contato com a Dimpo também não rendeu bons resultados: a delegacia não tem expediente aos sábados. Ao tentar esclarecer a situação na manhã dessa segunda-feira (30), a equipe do ‘Nota Cidadã’ foi informada de que a finalidade da Dimpo “é checar se alguém está maltratando o animal e então se abrir um procedimento contra o agressor“. De qualquer forma, nos passaram contatos de ONGs que atuam nesse sentido: a ‘Associação de defesa do animal e do meio ambiente’ e a ‘Sociedade ecológica e de proteção aos animais’. Mais uma vez não conseguimos ser atendidas.

Não dá para aceitar o descaso dos órgãos e a falta de informação com que a população é obrigada a conviver. Como pode ser tão difícil entrar em contato com um serviço que é de nosso direito? A falta de responsabilidade social fica evidente e quem sofre com isso é a população, que acaba procurando meios para arcar com as obrigações dos órgãos públicos. Os jornais publicam quase diariamente matérias sobre maus-tratos aos animais, mas como pudemos observar o problema não pára por aí, vai muito além da irresponsabilidade dos donos dos animais, é um problema social.

* Endeja - Empresa de Desenvolvimento de Jaboatão – 3343 5549

* Associação de Defesa do Animal e Meio Ambiente – 3061 0071

* Sociedade Ecológica e de Proteção aos Animais - 3253 1986

sexta-feira, junho 27, 2008

A greve é legítima?

*Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'

À 0h da última sexta-feira (20), os usuários de transporte público, da região metropolitana do Recife, não puderam contar com o serviço prestado pelas empresas de ônibus devido a paralisação dos motoristas, cobradores, fiscais das linhas e mecânicos dos coletivos que reivindicavam por melhores salários, ou seja, um reajuste de 12,8% para a categoria. Mas, inicialmente, o pedido não foi aceito pelos empresários que só aceitavam um aumento de 4% do piso salarial. Conseqüentemente, uma nova greve foi decretada na noite desta quarta-feira (25) e se prolongou até a manhã de hoje (27), no qual a categoria conseguiu um reajuste de 7,14%. A greve foi apoiada pelos 14 mil funcionários.

Diante disso, os passageiros só tiveram três opções, ficar em casa, pegar um táxi ou um transporte alternativo (combes e vans). A estudante Daniela Albuquerque foi uma das muitas pessoas que não conseguiram chegar ao trabalho. "Fiquei mais de uma hora esperando o ônibus Massangana quando corri para pegá-lo escorreguei e cai. Não podia ter sido pior, pois machuquei o braço e arranhei as pernas", comentou. Já o aposentado Fernando Silva, de 77 anos, preferiu pegar uma van. "Foi a minha única alternativa. Por causa da greve eles estão cobrando de R$ 3 à R$ 6. Isso é um absurdo", afirmou.

Ao andar nas ruas da cidade era comum escutar os transeuntes indignados com a greve, não é por menos, pois cerca de 1,7 milhões de trabalhadores e estudantes foram diretamente prejudicados pela paralisação. Muitos falavam mal dos cobradores, motoristas e fiscais, mas poucos sabem que estes trabalhadores ganhavam, respectivamente, R$ 490,00, R$ 1.064,00, R$ 689,00. E o mais agravante, além de terem de sustentar a família com esse dinheiro, eles ainda são obrigados a arcarem com as despesas do veículo que estão trabalhando.

Severino Ramos da França (41) é cobrador a cerca de 10 anos e nesse período já sofreu 20 assaltos, e todos a mão armada. “Não temos segurança alguma. Se o ônibus sofre um assalto, nos cobradores é quem arcamos com a dívida. Somos obrigados a pagar o valor integral, porque se recusarmos, não poderemos trabalhar. O maior prejuízo que já tive foi quando tive de pagar R$ 380,00”, afirmou. Os motoristas também não fogem à essa regra. Sempre ao final das viagens, os ônibus são inspecionados, caso seja detectado alguma falha mecânica ou se o carro for arranhado e até se o pneu furar, só para se ter uma idéia, este último item custa R$ 600,00, quem pagará a conta será o motorista.

Agora com o reajuste os cobradores passarão a receber um salário de R$ 526,00, os motoristas R$ 1.140,00 e os fiscais R$ 738,00. O aumento comemorado por eles, entretanto, não vai minimizar a insegurança no trabalho, nem vai sensibilizar os patrões para que estes deixem de cobrar o ressarcimento em casos de roubo ou pneus furados, por causa das ruas esburacadas da cidade. A próxima luta, agora cabe aos passageiros por um transporte público mais seguro e confortável. Quanto ao boato sobre o aumento das tarifas, os usuários podem ficar tranqüilos, pois o presidente da EMTU, Dílson Peixoto, em entrevista a uma rede de TV local, garantiu manter o valor das mesmas. Nesse caso só nos resta esperar.

quarta-feira, junho 25, 2008

Violência: uma questão de proteção?

Nota publicada no Diário de Pernambuco
Domingo, 15 de junho de 2008

Blindados – O custo de blindagem de um automóvel é praticamente o mesmo do carro zero. O que não inibe o cidadão preocupado com a falta de segurança. Nos últimos anos, o número de oficinas de blindagem de veículos pulou no Recife de uma para dez, Em tem fila de espera. Cada oficina blinda em média cinco automóveis por semana.
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O último dia oito não foi tão fácil para a funcionária pública Guadalupe Patu. Mais uma vítima de violência do Estado, levou um tiro de raspão ao sair de sua casa de carro, na Zona Norte do Recife. “Não sei bem o que aconteceu. O carro estava em movimento e apenas vi o rapaz tirando algo debaixo da camisa e vi o revólver, acelerei e continuei o meu caminho, somente percebendo que tinha sido alvejada minutos depois”, contou. A bala perfurou o vidro do carro e atingiu o ombro de Guadalupe, que já foi vítima de mais três assaltos em Recife.

Histórias como essa, infelizmente, acontecem diariamente. Uns possuem a sorte da funcionária pública, já outros não. Segundo o site ‘Pe Body Count’ (www.pebodycount.com.br), até ontem (24), foram registrados 2.101 assassinatos em Pernambuco, 249 apenas este mês. Temendo a insegurança das ruas e o aumento da violência, muitos pernambucanos estão recorrendo a algumas técnicas e métodos para se protegerem. Uma delas é o investimento em carros blindados. Ruim para o bolso dos cidadãos e bom para as empresas que trabalham com blindagem de veículos.

No mercado de trabalho há mais de 20 anos, a empresa ‘Armor Blindados’ é uma das 10 existentes no Estado. Segundo a gerente da loja, Luciana de Paula, são blindados, em média, 20 veículos por mês. E a tendência é aumentar! Em relação ao ano passado, o mercado cresceu em 20% e a novidade é que, por conta da crescente violência, ter um carro blindado não é só para ricos. “Hoje a blindagem não é só para classe alta, existe uma procura crescente da classe média”, afirma a gerente.

Após também ter sido assaltado no trânsito, o engenheiro Jorge Carvalho optou pela blindagem para ter mais uma garantia de segurança. Já com o carro blindado ele sofreu uma tentativa de assalto e conta que não teve nenhum problema: “não abri vidros e fui embora, graças a Deus eles não atiraram”. Apesar de ter evitado o assalto, o engenheiro não acredita que a blindagem resolve o problema da violência. “Quando estamos dentro do carro realmente temos mais segurança, mas temos que ter cuidados como manter as portas sempre travadas, cuidado ao entrar e sair do carro”, afirma.

Assim como Jorge Carvalho, Guadalupe Patu não acredita que blindar o carro é a solução. “A blindagem dá uma falsa impressão de segurança, é como se fosse um colete a prova de balas. Dentro do carro poderá até sentir segurança. E antes de entrar no carro ou sair dele, o que poderá acontecer?”, comenta. Mesmo não sendo a solução, o número de carros blindados não pára de crescer no Estado. Segundo a Associação Brasileira de Blindados (Abrablin), o Brasil é o país que mais blinda carros no mundo e Pernambuco o maior consumidor desta proteção no Nordeste.

segunda-feira, junho 23, 2008

Para onde vai o IPTU?

* Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'



Ruas sem pavimentação e sem calçadas para carros e pedestres. Este parece ser um problema comum no município de Jaboatão dos Guararapes. E realmente é. Localizada na Região Metropolitana do Recife, a cidade sofre de uma administração precária mesmo com uma arrecadação de R$ 19 milhões de reais em IPTU no ano passado. Um dos problemas do município é o fato das ruas estarem cadastradas pela prefeitura como pavimentadas, mas que na verdade não estão.

O aposentado Sérgio Gazzi, morador há trinta anos da Rua Major Médico Vicente da Fonseca de Matos, localizada no bairro de Candeias, afirma que esse problema já foi questionado pelos moradores na própria prefeitura, mas nunca conseguiu que a rua fosse restaurada. “Isso é algo comum aqui em Candeias. Quando olhamos a documentação a rua está cadastrada como pavimentada, mas na verdade não está.” Na prática há mais ruas em semelhante estado do que se imagina.

A Avenida 20 de Janeiro, próxima a Avenida Armindo Moura é vítima de algo no mínimo curioso, pois ela é pavimentada pela metade já que é cortada por Recife e Jaboatão dos Guararapes. A ‘briga’ entre as duas prefeituras é que a divisão feita neste trecho é desregular. Algumas casas estão com o endereço de Recife e outras, até mesmo vizinhas, pertencem a Jaboatão. Nessa de quem é “dono” da avenida ou não, os moradores ficam insatisfeitos, uma vez que os impostos são pagos para as duas prefeituras e a avenida continua sem pavimentação.

A dona de casa Marisa Fontes, moradora da Avenida 20 de Janeiro há dez anos, afirma que quando chove as poças d’água atrapalham a circulação de carros e pedestres. “Pagamos o IPTU e queríamos no mínimo uma estrutura para a nossa cidade. Fico revoltada com essa situação. Já fui à prefeitura diversas vezes, mas todas sem sucesso, pois só conseguimos falar com funcionários que não têm informações adequadas ou não sabem de nada.”

A equipe do ‘Nota Cidadã’ procurou a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e o único acesso obtido foi com Manoel da Nóbrega, engenheiro de fiscalização de obras da Secretaria de Infra-Estrutura (SEINFRA). Para ele, essa á uma questão mais burocrática. “Isso é um assunto para o pessoal da Secretaria de Planejamento. A minha parte é no aspecto técnico. A questão das ruas estarem cadastradas assim como pavimentadas é um assunto político”, afirmou o engenheiro. A Secretaria de Planejamento foi procurada, mas não atendeu a equipe de reportagem.

quinta-feira, junho 19, 2008

Há coisas bem mais importantes

Nota publicada na Folha de Pernambuco
Edição de terça-feira, 10 de junho de 2008

Que reforma é essa? - Freqüentador diz que a reforma, na Biblioteca Estadual de Presidente Castello Branco, no 13 de Maio, constou apenas de rampas de acesso e corrimão. Os vidros estão trincados, cadeiras e janelas quebradas e banheiros imundos.

Fundada na administração do Conde da Boa Vista, a Biblioteca Estadual de Presidente Castello Branco mudou-se para o atual prédio, na rua João Lira, no bairro de Santo Amaro, em 1975 e, desde a mudança, por apresentar vários problemas físicos, como infiltrações, vive em constantes reformas. Na mais recente, o piso e as rampas de acesso aos cadeirantes foram restaurados e a fachada pintada.

Segundo Erilene Parísio, diretora responsável pelo atendimento ao público, várias equipes de manutenção já analisaram a estrutura do edifício, mas os problemas no telhado persistem e não são resolvidos. “Essa reforma ainda não terminou, sempre há coisas a fazer. Entre os nossos próximos projetos está a compra de equipamentos de informática, o aumento do acervo circulante e da quantidade de livros infantis”, comentou.

Outra preocupação da direção é com a qualidade no atendimento ao público que fica cada vez mais exigente. “Infelizmente não depende de nós, pois a equipe da Secretaria de Educação não dá conta da demanda de trabalho, porque além da biblioteca existe toda a rede de escolas estaduais para eles cuidarem. No momento estamos lutando para conseguir a climatização do prédio”, afirmou.

A estudante Maira Soares, freqüenta a biblioteca na época das provas do colégio e faz críticas à estrutura do local. “Passo horas estudando aqui dentro e fico com dores nas costas, as cadeiras são muito duras”. De acordo com a freqüentadora, a direção deveria investir em cadeiras e mesas de estudo mais adequadas e não apenas em pinturas e construção de rampas. Quanto a manutenção dos banheiros, citados na nota, a diretora afirmou que a limpeza é feita constantemente, entretanto os usuários não zelam pelo patrimônio e destroem o local que é de uso público.

Hoje existe um acervo de aproximadamente 100 mil livros distribuídos nos dois andares do prédio. No térreo encontra-se o acervo circulante, os livros infantis e de ensino fundamental. Já no andar superior estão os livros de ensino médio e uma sala reservada aos que estudam para concurso público, pois a administração do local adquire apostilas especializadas nesta área e as disponibilizam.

O prédio, atualmente, recebe cerca de 1500 visitantes por dia, tendo um aumento significativo, dessa quantidade, em épocas de prova. A Bilbioteca Pública Estadual Presidente Castello Branco, fica na rua João Lira, no bairro de Santo Amaro, próximo ao Parque 13 de maio.

*A equipe do Nota Cidadã não foi autorizada pela direção da biblioteca à tirar fotos do local.

segunda-feira, junho 16, 2008

'Plasticomania' ecologicamente incorreta

Nota publicada no Diario de Pernambuco
Edição de sexta-feira, 06 de junho de 2008

Divórcio - Na Semana Nacional do Meio Ambiente, o Bompreço lança campanha estimulando o divórcio entre consumidores e as bolsas plásticas com que eles embalam os produtos adquiridos nas lojas. Une negócios a uma proposta ecologicamente correta ao sugerir que em troca de 580 pontos no Bomclube optem por sacolas capazes de suportar até 30 quilos de peso e confeccionadas em algodão reciclado.

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Muito presentes em nosso dia-a-dia, as sacolas plásticas são protagonistas da degradação do meio ambiente. Por conta da grande produção, cerca de 210 mil por ano no Brasil, e por não haver uma política de reciclagem efetiva, o destino das sacolas é a poluição da natureza. O problema é que esses produtos têm como matéria-prima o plástico-filme e levam cerca de 200 anos para se decomporem, além de entupirem canos e bueiros das cidades, causando enchentes e alagamentos.

Em todos os estabelecimentos, supermercados, farmácias ou lojas, as sacolas plásticas são usadas praticamente sem controle. Cada brasileiro consome em média 880 sacolas por ano, o que representa 10% do lixo do país. Por isso, em época de ações ecologicamente corretas, o consumo sustentável está na moda! Algumas campanhas contra a ‘plasticomania’ já estão sendo feitas em todo o mundo.

Em 1991, foi aprovada uma lei na Alemanha que obriga os produtores e distribuidores de embalagens a aceitarem de volta e a reciclar os produtos após o uso. Com isso, o consumo das sacolas tornou-se muito mais caro. Na Irlanda, há 11 anos a população paga um imposto de nove centavos de libra irlandesa por cada saco plástico. Estes métodos incentivam os consumidores a irem às compras com sacolas retornáveis.

E nem é necessário muito trabalho. Apenas recusar as sacolas das lojas e juntar as compras em uma única, já resolve. É o que faz a dona de casa Airam Carvalho. “No Pólo Comercial de Caruaru é um absurdo. Você compra uma blusa que vem dentro de um saquinho transparente e esse saquinho dentro da sacola, não sei pra que tanto, uma só resolve e dá tudo dentro”, disse.

Não muito distante, os pernambucanos devem começar a se preocupar com o meio ambiente. Recentemente foi lançada pelo grupo ‘Bompreço’ uma campanha de incentivo à substituição da sacola plástica descartável, por uma retornável. “Queremos estimular uma mudança do hábito de compras, incentivando o consumo consciente”, diz o diretor do 'Bomclube', Denilson Claro. A sacola substituta é a chamada ‘ecobag’, que suporta até 30 kg e pode ser trocada por pontos do ‘Bomclube’.

No segundo semestre, as sacolas serão vendidas por R$ 2,00 nas lojas do ‘Bompreço’. A iniciativa já foi implantada com sucesso nas lojas do ‘Wall Mart’ em São Paulo e só nos três primeiros dias foram vendidas 35 mil sacolas.

domingo, junho 08, 2008

Catadores da dignidade

* Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'
O aterro da Muribeca e de Camaragibe são sinônimos de sujeira, mal cheiro e lixo, mas esses dois lugares insalubres são a esperança de centenas de famílias que sobrevivem da coleta de resíduos como vidro, papel e plástico. Érica de Lima e Marissol Oliveira são ex-catadoras e há cerca de um ano fundaram a 'Associação Catadores da Dignidade' – CAD, após receberem capacitação da ONG Cempre, em parceria com a prefeitura do município de Camaragibe. Na ocasião foram capacitados 60 catadores do aterro local. Inicialmente, a associação era formada por famílias que trabalhavam no aterro de Camaragibe e estavam dispostas a abandonar a vida no lixão.

Atualmente, a associação enfrenta muitas dificuldades. A casa que serve de sede para a instituição foi alugada pela prefeitura, mas o aluguel não é pago há dois meses e o salário que recebem não é suficiente para cobrir as despesas com alimentação, pois ganham em média R$150,00 por mês. Consequentemente alguns catadores voltaram para o lixão, porque o desgaste físico é menor, já que não precisam andar para conseguir os materiais, além do retorno financeiro ser maior.

Marissol Oliveira, secretária da Associação, para chegar no trabalho às 6h precisa acordar todos os dias às 4h30 da manhã, pois não tem dinheiro para pagar a passagem e a única solução é ir andando de Igaraçu até Camaragibe. “É comum eu e outros catadores irmos trabalhar sem comer. Passamos o dia carregando carroça pesada e só comemos a noite. Não adianta comer no almoço porque ao chegarmos em casa continuamos com fome e o dinheiro mal dá para pagar as contas,” declarou.

Além da coleta que fazem nas ruas, os 'catadores da dignidade' também sobrevivem de doações que variam desde materiais próprios para a reciclagem doados por algumas empresas, até roupas e alimentos. Caso você queira colaborar, a associação fica em Camaragibe, na rua Damião Pedro da Cruz, nº 127, no bairro do Timbi, ou pelo telefone (081) 8827-8234 .

quinta-feira, junho 05, 2008

1° Feira da Economia Feminista e Solidária recebe mulheres de todo o Estado

* Pauta idealizada pelo 'Nota Cidadã'


Durante séculos foi atribuído à mulher um estatuto de menoridade, exclusão social e de dependência familiar. Nas últimas décadas, esse modelo vem se acabando em todo o mundo e as mulheres estão ocupando domínios econômico, social, familiar, cultural e político. No Brasil, especialmente em Pernambuco, também não é diferente. Em conseqüência de todo esse avanço, mulheres assentadas da reforma agrária, agricultoras familiares, quilombolas, indígenas e trabalhadoras urbanas estão se reunindo na 1° Feira da Economia Feminista e Solidária de Pernambuco.


O evento está sendo realizado entre os dias cinco e oito de junho, na Estação Central do Metrô do Recife, no bairro de São José. É um espaço de divulgação e comercialização dos produtos agroecológicos, da economia solidária, de agroindústrias familiares e de artesanatos produzidos pelas mulheres. “Um evento como este contribui com a vida das trabalhadoras, dá mais visibilidade as atividades econômicas e apóia a agricultura camponesa, os movimentos sociais e a reforma agrária no estado”, afirmou a colaboradora da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Bethânia Mello.


Segundo a coordenadora do Programa Organização Produtiva de Mulheres Rurais, Patrícia Mourão, a feira não traz só o benefício das vendas, mas também “a possibilidade de discutir sobre tudo que é de interesse da mulher, como por exemplo, organização social, crédito, assistência técnicas, associativismo, além disso, falarão de suas experiências e como superam as dificuldades no dia-a-dia”. Serão realizados debates sobre temáticas da economia feminista e solidária e das políticas públicas direcionadas à organização produtiva de mulheres rurais e urbanas.


A feira é uma boa oportunidade para fazer o intercâmbio, conhecer melhor e ajudar na comercialização dessas mulheres. “A gente trouxe para vender na feira e divulgar, para conseguirmos vender mais. Na nossa região ainda temos muita dificuldade para vender”, declarou a trabalhadora Maria das Graças de Castro. Em Tracunhaem, Zona da Mata, Maria mantém com quatro amigas a mini fábrica ‘Flor de Canaã’, onde são produzidos doces, picolés, biscoitos, broas, polpas de fruta, entre outros.


Além de Maria, cerca de 150 mulheres estão dividindo 63 estandes montados na Estação do Metrô. Artesanatos para casa, bolsas feitas com palha de milho, hortaliças, produtos agroecológicos, ervas medicinais, comidas e bebibas típicas pernambucanas são alguns dos produtos que estão sendo comercializados. A feira do Recife é a primeira realizada em todo o país. Rio Grande do Norte e Pará são os próximos estados beneficiados. O evento faz parte do Programa de Organização Produtiva das Mulheres Trabalhadoras Rurais, lançado pelo Governo Federal em março deste ano.

PROGRAMAÇÃO DA FEIRA
06 de junho:
8h - Seminário “Economia feminista e solidária”
10h - Oficinas de formação e troca de experiência
14h – Visitação, comercialização e atividades culturais
18h - Visitação, comercialização e atividades culturais
7 de junho:
8h - Seminário “Políticas públicas de apoio à organização produtiva das mulheres rurais e urbanas”
10h - Oficinas de formação e troca de experiência
14h – Visitação, comercialização e atividades culturais
18h - Visitação, comercialização e atividades culturais
8 de junho:
7h- Feira Agroecológica
14h – Visitação, comercialização e atividades culturais
18h – Programação Cultural e Encerramento

segunda-feira, junho 02, 2008

Os mais reciclados do Brasil

* Suíte da matéria anterior
- Latas de Alumínio
Taxa de Reciclagem: 94%
Para onde vai: produção de novas latas de alumínio e autopeças
Benefício: Em 2006, as 140 mil toneladas reaproveitadas significaram uma economia de 2mil gigawatts, o suficiente para abastecer de energia o estado do Ceará durante um ano.

- Papelão
Taxa de Reciclagem: 77%
Para onde vai: confecção de caixas de papelão
Benefício: A versão reciclada consome cinqüenta vezes menos água limpa e metade da energia gasta na produção de uma caixa nova.

- Garrafas PET
Taxa de Reciclagem: 50%
Para onde vai: metade serve à fabricação de fibras de poliéster e o restante vai para a produção de tubos, laminados e resinas para a indústria química. Benefício: previne o grave problema da lotação dos aterros sanitários.

- Papel
Taxa de Reciclagem: 50%
Para onde vai: novas folhas de papel, produção de papel-toalha, guardanapo e papel higiênico
Benefício: Cada tonelada de papel reciclado evita o corte de vinte árvores.

- Vidro
Taxa de Reciclagem: 46%
Para onde vai: produção de mais garrafas, composição de asfalto e fabricação de espuma
Benefício: Só em 2006, foram poupadas 400mil toneladas de minerais. (Fonte: Cempre)

O perigo do óleo de cozinha

- 1 litro de óleo de cozinha polui 1 milhão de litros de água.

- Para reciclar: Você pode colocar o óleo em garrafas PET e, no caso dos moradores do Recife, contatar a Emlurb pelo telefone 3232.1070. Outra opção é verificar instituições que possuem esse tipo de reciclagem.

- Para onde vai: O óleo usado pode ser usado nas fábricas de sabão e na produção do biodiesel.

O que fazer com:

- Baterias, Pilhas e Telefones Celulares: Normalmente as embalagens trazem telefones de serviço de atendimento que podem informar onde existem postos de coleta. Os fabricantes de celulares e as operadoras geralmente oferecem caixas coletoras de aparelhos usados e baterias nas lojas autorizadas e revendedoras.

- Lâmpadas: O ideal é que as fluorescentes, que podem ser recicladas, sejam separadas num lixo à parte, porque os catadores podem se ferir com os cacos de vidro. As lâmpadas incandescentes não podem ser recicladas e podem ser jogadas no lixo comum, já que não trazem efeito nocivo ao meio-ambiente.

- Eletrônicos: Computadores, hardware, cartuchos, câmeras digitais – Os consumidores devem consultar os mais para saber como descartar corretamente e verificar se a empresa mantém algum programa de reciclagem. Fonte: Agência O Globo e Cempre.

Dicas de reciclagem:

- O lixo reciclado deve ser separado do orgânico, já que, além de facilitar o trabalho dos catadores, materiais como papel podem ser inutilizados

- As embalagens dos alimentos e produtos de higiene e beleza devem ser lavadas.

O que não adianta:

- Não vale a pena separar o lixo seco por tipo de material, já que os catadores e cooperativas vão fazer uma triagem de qualquer forma.

- O processo de reciclagem não é facilitado quando latas e garrafas PET são amassadas; também não adianta desmontar embalagens longa-vida.

*Fontes do Diario de Pernambuco
, Cempre e Emlurb.

sábado, maio 31, 2008

Pau Amarelo, Pina e Afogados. O que estes bairros têm em comum?

Nota publicada no Jornal do Commercio
Edição de sexta-feira, 18 de abril de 2008

Terra de ninguém - Além de não ter calçamento, a rua Bocaiúva, em Pau Amarelo, Paulista vive cheia de lixo e se transforma num piscinão toda vez que chove. É difícil combater a dengue quando há tanta água empoçada por aí.


O lixo. Cerca de 55 mil toneladas de resíduos sólidos são produzidos no Recife por mês. Dessa quantidade, cerca de 12 toneladas são retiradas, por dia, das ruas e avenidas. Em notas e cartas enviadas ao Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco, moradores de vários bairros reclamam que a prefeitura, responsável pela coleta de resíduos sólidos, não dá conta da quantidade de lixo urbano produzido pela população.

O lixo recolhido no Recife vai para o aterro sanitário da Muribeca, que tem capacidade para receber três mil toneladas por dia, o que se mostra insuficiente, uma vez que também atende ao município de Jaboatão. Para diminuir o impacto ambiental causado pelo acúmulo de plástico, papel e vidro, a prefeitura criou programas de coleta seletiva que ainda são desconhecidos por parte da população.

Segundo pesquisa realizada, em 2006, pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), Recife está entre os cinco municípios brasileiros com o melhor índice de arrecadação de resíduos sólidos urbanos para a coleta seletiva, ficando atrás de Londrina, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Quem diria!

Em 2006 foi sancionada a lei nº. 13.047, que proíbe o uso de sacolas plásticas em Pernambuco, determinando a obrigatoriedade da coleta seletiva no Estado, já que 70% da degradação ambiental dos rios e mares é provocada por materiais plásticos, ou seja, garrafas PET e sacolas. O rio Capibaribe é um ótimo exemplo dos efeitos causados pela poluição, sendo considerado morto por alguns especialistas.

Mas como esse lixo vai parar nas vias públicas? A falta de consciência dos moradores quanto à responsabilidade social é um dos principais fatores que contribui para o acúmulo de lixo nas ruas. Valéria dos santos, moradora do bairro da Muribeca, admite que não tem o costume de separar o lixo. “Separar o lixo dá muito trabalho. Certa vez, tentei fazer, mas não adiantou, pois os meus filhos acabavam misturando tudo, então desisti", afirmou. Enquanto uns desistem outros continuam tentando. É o caso de Maria Aparecida Costa, diretora pedagógica do Colégio Boa Viagem. Porém, apesar de separar o lixo, a coleta realizada pela prefeitura não é eficiente, segundo a diretora. “Não adianta separar material orgânico de inorgânico, quando o caminhão vem recolher o lixo acaba misturando tudo”, comentou.

Manter a cidade limpa para muitos é obrigação da prefeitura, mas se engana quem pensa assim. É obrigação da população manter a cidade limpa, uma vez que iniciativas simples como não jogar lixo nas ruas, pode evitar sérios transtornos, como bueiros entupidos, ruas alagadas, doenças e mal cheiro. A tarefa de alertar contra os perigos da degradação ambiental deve começar em casa.

* Para saber mais sobre a Lei n° 13.047 acesse o link: www.cprh.pe.gov.br/downloads/lei-est13047.doc

** Fotos retiradas dos sites: http://www.acertodecontas.blog.br/ e http://www.dialogosuniversitários.com.br/

sexta-feira, maio 30, 2008

Menos agressão e mais saúde!

* Suíte da matéria anterior


Diferente do que muita gente pensa, os alimentos orgânicos são mais que apenas produtos sem agrotóxicos. A forma de produção agrícola, que envolve os recursos naturais como solo, água, plantas e animais, é feita para manter o equilíbrio na natureza e a harmonia com os seres humanos. Os fertilizantes sintéticos dão lugar aos fertilizantes naturais, como o adubo para enriquecer o solo e promover o crescimento das plantas, sendo eles, fezes de pássaros, galinhas e outros animais. Com isso, a agricultura agride menos a natureza, aos produtores e a nossa saúde.

Segundo a nutricionista Érika Menezes, as vantagens do consumo de alimentos orgânicos são muitas. “Eles cozinham mais rápido, não são minúsculos como é comum se pensar, têm uma duração maior que o convencional e, muitas vezes, custam mais barato. Além de conservar seus nutrientes na íntegra e não interromper a importantíssima cadeia alimentar da qual fazemos parte”, comentou.

Hoje, os produtos agrícolas comercializados não ficam restritos aos produtos hortifrutícolas convencionais. Frios, laticínios, cereais, estivas, pescados carnes e flores já podem ser encontrados no mercado. “Não só existem frutas e verduras. Carnes dos mais variados tipos estão chegando aos grandes supermercados e a grande vantagem é que os animais não são criados presos e sim soltos no pasto. Assim podem escolher o que comer, igual a nós humanos”, explicou a nutricionista. Érika ainda destacou que “quando os alimentos são processados, não é utilizado nenhum tipo de aditivo ou conservante sintéticos potencialmente cancerígenos, como o nitrito e nitrato, comumente utilizado em carnes de charque, de sol, bife”.

Favorecendo todos os lados, a produção orgânica é também muito importante para os agricultores. A ausência de agrotóxicos contribui para a melhoria da qualidade de vida, e estimula o desenvolvimento da Agricultura Familiar em Pernambuco, proporcionando mais emprego e renda aos trabalhadores da Mata e do Agreste. Em visita do ‘Nota Cidadã’ à Feira de Orgânicos do Centro de Abastecimento Alimentar de Pernambuco (Ceasa), pudemos observar a qualidade dos produtos e a boa aceitação dos consumidores.

Segundo o coordenador da Feira Orgânica da Ceasa, Manoel Joaquim de Araújo, “as feiras são importantes porque dão oportunidade a agricultura familiar, fortalecendo a reforma agrária e viabilizando a sustentabilidade junto com os produtos agrícolas”. Atualmente, são cerca de 60 barracas padronizadas que atendem a 150 agricultores toda quarta-feira, das 5h às 10h, na Ceasa.

Além da Ceasa, é possível encontrar os produtos em diversos bairros do Recife. Nas sextas-feiras, os agricultores ficam localizados em Boa Viagem (Av. Domingos Ferreira, das 6h às 10h), no Espinheiro (Rua Padre Silvino Guedes, das 7h às 12h), em Jiquiá (pátio da Justiça Federal, das 8h às 12h), entre outros. No sábado, os orgânicos podem ser adquiridos no Espaço Cultural Sítio da Trindade, das 5h às 12h.

quinta-feira, maio 29, 2008

Agricultores participam da IV Semana Nacional de Alimentos Orgânicos

* Pauta sugerida ao 'Nota Cidadã' pelo visitante Manoel Araújo


Seja por falta de dinheiro para comprar agrotóxico ou pelos bons hábitos passados de geração em geração, agricultores de assentamentos de Pernambuco estão produzindo, consumindo e vendendo, cada vez mais, alimentos sem agrotóxicos. Em comemoração à IV Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos, que acontece até este sábado (31) diversas atividades são realizadas em todo o Estado.


Atividades como exposições, degustação, oficinas e feiras nas cidades do Recife, Vitória de Santo Antão, Glória de Goitá e Caruaru, estão apresentando os benefícios dos alimentos orgânicos às pessoas que ainda não conhecem. A pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Cristina Lemos comenta que as atividades são importantes para incentivar o consumo dos produtos orgânicos: “Nós estamos trabalhando tanto as questões da divulgação como também do incentivo ao consumo de produtos orgânicos, orientando para conhecer melhor sobre o produto, para um consumo mais responsável, buscando a sustentabilidade. A importância disso tudo é que você conhecendo mais os alimentos orgânicos, vai passar a gostar e aderir aos produtos”.


A agricultora Vera Galvão, de 50 anos, mora no assentamento ‘Ubú’, em Goiana, e há 14 anos abandonou os fertilizantes e agrotóxicos para produzir alimentos mais saudáveis. "Fizemos cursos e nos sensibilizamos com a situação do meio ambiente, por isso passamos a produzir alimentos mais saudáveis", afirmou Vera, enquanto vendia os poucos produtos que ainda restava em seu estande. Hoje, vive basicamente do consumo e da venda dos orgânicos, assim como os outros assentados da região.


Edinaldo Costa, de 32 anos, vive no assentamento ‘Porteira I’, em Pombos. Digno de elogios, o município de Pombos, pode ser considerado um destaque no que se refere ao sustento das famílias a partir da produção de agrícolas. "Há três anos nosso assentamento se mobilizou e proibiu qualquer produção com agrotóxico. Hoje, a maior parte da nossa comunidade vive dos orgânicos". Edinaldo contou ainda que a renda familiar de ‘Porteira I’ melhorou. Entretanto, o lucro ainda é pequeno, pois o hábito de consumir os alimentos convencionais continua na vida dos brasileiros, que ainda não sabem o mal que estão causando á saúde.


Vera e Edinaldo são apenas dois dos vários agricultores que estão participando da ‘Semana de Alimentos Orgânicos’. Hoje (29), os interessados podem conhecer melhor sobre os orgânicos participando da oficina “Da horta para a mesa”, no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em Vitória de Santo Antão e com a oficina “Controle alternativo de pragas e doenças em hortaliças”, no Serviço Alternativo de Tecnologia (Sertã), em Glória do Goitá. Na sexta-feira (30), serão realizadas exposições e degustação na Feira do IPA, no Recife e no Bompreço de Casa Forte. Para encerrar a semana em Pernambuco, no sábado (31) acontecerá a Feira Orgânica de Caruaru, na Estação Ferroviária.

terça-feira, maio 27, 2008

Capibaribe, melhor?

Nota publicada no Diario de Pernambuco
Edição de quarta-feira, 23 de abril de 2008

Capibaribe - Exemplo maior do não aproveitamento do transporte fluvial é o do rio Capibaribe. Recentemente surgiu um grupo americano estudando as potencialidades do rio, enquanto permanece tropeçando na burocracia oficial o projeto "Capibaribe Melhor". Como se trata de obra de altos investimentos e pouca visibilidade está condenada a ficar no papel.




De um lado a burocracia, do outro a falta de informação da população que vive em torno do rio Capibaribe. Cabocó, comunidade ribeirinha localizada à margem esquerda do rio, é uma das 25 que estão na lista para receber as mudanças propostas pelo projeto 'Capibaribe Melhor' – e que sonham com políticas públicas efetivas na região.

Em visita do ‘Nota Cidadã’ à comunidade ficou clara a desinformação da população sobre o projeto. O pouco que sabem contribui para um maior desentendimento de objetivos, já que a comunidade vê as mudanças como negativas e definem o ‘Capibaribe Melhor’ como o projeto que vai tirá-los do lugar que sempre viveram. “Eles querem fazer uma melhoria somente para os barões, pra gente não vai ser bom, vão nos tirar de um lugar tranquilo para nos colocar num lugar de 42 metros quadrados, cheio de violência”, afirma Alda Maria Melo, que mora em Cabocó há mais de 20 anos.
Auricéia Oliveira, moradora das Graças, acha que está faltando divulgação do programa e um estudo junto com as comunidades. “Quando o pessoal faz um projeto eles se fecham muito, não colocam em outdoor, na mídia, não divulgam. Sou a favor desde que haja estudo com as pessoas que conhecem mesmo o Capibaribe, moram aqui. Da forma como está sendo feito acho o projeto individualista, deveria ser em conjunto, como foi em Brasília Teimosa”, afirma.

Segundo Marinalva dos Santos, moradora da comunidade há 12 anos, até o momento a prefeitura não se reuniu com a grande massa de Cabocó para explicar e discutir os projetos. “O que estou sabendo é que o projeto vai tirar os moradores da beira do rio, mas eles não fazem reuniões para explicar tudo”, disse Marinalva. Os moradores explicaram que apenas uma reunião foi realizada com cerca de 30 moradores da comunidade. No encontro foi esclarecido que parte dos moradores seriam indenizados pela retirada de suas casas para a construção de vias e pontes.

Entre tantos projetos e promessas, a comunidade tem verdadeiro conhecimento de outro movimento, o `Recapibaribe`. Desenvolvido pelos próprios moradores desde 1994, a proposta é a requalificação do Capibaribe, sem grandes mudanças estruturais, a meta é a preservação do rio que ainda sustenta tantas famílias. Sem apoio financeiro e poucos recursos, os coordenadores e fundadores do movimento, André Cantanhede e Maria do Socorro Cantanhede, lutam por recursos e apoio para manterem a atividade de limpeza do rio.

“Hoje percebemos que depois que o 'Recapibaribe' começou a fazer um trabalho junto com a comunidade criou-se um hábito muito importante de separar o lixo, além de nunca despejá-lo no rio. Essa educação ambiental e consciência é muito importante, é o pouco que podemos fazer”, contou Socorro. Nos mutirões, retira-se tudo o que é encontrado pela frente: cadeiras, orelhões, televisões, bonecas, pneus, latas, etc. Parte vai para a decoração da sede do movimento, o Capibar, e outra para a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana – Emlurb.

Fica aqui então a sugestão de reunir um pouco do 'Capibaribe Melhor' com o 'Recapibaribe', para que todos os lados sejam beneficiados e o resultado final seja positivo, sem prejuízos.

segunda-feira, maio 26, 2008

Uma questão de burocracia

Nota publicada no Diario de Pernambuco
Edição de quarta-feira, 23 de abril de 2008

Capibaribe - Exemplo maior do não aproveitamento do transporte fluvial é o do rio Capibaribe. Recentemente surgiu um grupo americano estudando as potencialidades do rio, enquanto permanece tropeçando na burocracia oficial o projeto "Capibaribe Melhor". Como se trata de obra de altos investimentos e pouca visibilidade está condenada a ficar no papel.



Imponente, grandioso e esquecido. Esse é o retrato do Rio Capibaribe, essencial na vida das comunidades ribeirinhas do Recife desde o século XVI. Hoje seus 250 quilômetros de extensão estão cheio de lixos, que vão desde esgotos dos bairros do Recife a materiais hospitalares.

Recuperá-lo já foi o objetivo de alguns políticos, pelo menos em época de campanha política. Transporte fluvial e roteiros turísticos são alguns dos projetos que nunca saíram do papel. Na década de 70 tentou-se implantar o turismo fluvial pelos bairros do Recife, mas a iniciativa não deu certo. Há 10 anos, a empresa norte-americana Seaark Marine, do Texas, elaborou um projeto que previa a viabilização urbanística e de transporte fluvial. Dentre as sugestões estavam a construção de um shopping, cinemas, restaurantes, piers e áreas de lazer. E como podemos perceber o projeto não foi aprovado.

Este ano, em época de eleição, escutamos mais uma vez, candidatos que pretendem priorizar em seu governo a recuperação do rio. Mas não seria algo de simples execução. Um projeto de revitalização do Capibaribe precisa avaliar a viabilidade das ações previstas, de acordo com os recursos naturais e a estrutura do entorno e, principalmente, das comunidades que ali residem. Em 2005, a prefeitura do Recife lançou o ‘Capibaribe Melhor’.

Segundo a assessora do coordenador do projeto, Berta Maia, a iniciativa propõe um conjunto de intervenções ao longo da bacia do Capibaribe, incluindo melhorias na habitação, saneamento, espaço urbano, educação ambiental, entre outros. “Paralelamente ao trabalho de intervenções nas áreas críticas, que são as favelas, será realizado um trabalho nos canais e nas pontes, nos parques Apipucos, Caiara e Santana, além da construção de vias de circulação maior para facilitar o acesso da população”, explicou a assessora. O ‘Capibaribe Melhor’ pretende trabalhar com aproximadamente 225 mil moradores, em 15 comunidades ribeirinhas.

O custo do projeto é de 46,8 milhões de dólares, sendo 70% desse valor um empréstimo do Banco Mundial. Os outros 30% já estão sendo investidos pela Prefeitura do Recife na formulação dos projetos e licitações. A assinatura do contrato com o Banco Mundial ainda não foi realizada pela Secretaria do Tesouro Nacional, mas a expectativa da coordenação do projeto é de que as obras comecem no mês de julho. “Não houve a assinatura em abril porque algumas certidões estavam vencidas, mas o projeto está andando, a prefeitura está tocando as licitações dos projetos com recursos próprios”. Ainda segundo Berta, o principal entrave para o início do trabalho é a assinatura de contrato com o Banco Mundial, depois que essa etapa for vencida, a prefeitura terá recursos para dar início às obras.

Para que o projeto não fique apenas no papel, é preciso o empenho da sociedade tanto na fiscalização do andamento das obras e da forma como os recursos financeiros estão sendo empregados, como também na sensibilização de quem vive no entorno do rio. Segundo pesquisa feita pelo ‘Nota Cidadã’ com 12 moradores da comunidade Cabocó, em Monteiros, 11 conheciam o projeto, desses, nove não aprovam, duas não souberam opinar e apenas uma pessoa concorda com as propostas do Capibaribe Melhor.

* Berta Maia desconhece a iniciativa do projeto americano citada no Diario de Pernambuco