quarta-feira, julho 30, 2008

Transporte metro-ferroviário mais seguro

Nota publicada no Jornal do Commercio
Terça, 22 de julho de 2008

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Metrô seguro - O índice de ocorrências policiais nas estações e trens do Recife teve uma redução de 72%, no período de 2004 a 2008. A constatação é do Departamento de Segurança da CBTU - Metrorec. Nenhum homicício foi registrado no período avaliado.



Depender do sistema metro-ferroviário como transporte já não dá mais tanta dor de cabeça. Para a surpresa de muitos, o número da violência está diminuindo a cada ano, favorecendo a segurança dos funcionários e usuários desse tipo de transporte. O órgão responsável por todo o sistema metro-ferroviário, a CBTU-Metrorec) divulgou nos últimos dias um balanço positivo das ocorrências de violência dentro de estações, trens e metrôs do Recife e Região Metropolitana. De quatro anos para cá, foi registrada uma queda de 72% no número de ocorrências policiais.

Os dados não mentem: enquanto que em 2004 as queixas de furtos e roubo nas bilheterias foram 23, em 2008 o número caiu para apenas uma queixa. Também não houve registro de homicídios. Para o bilheteiro Fernando Pereira, que trabalha na Estação Recife há quatro anos e meio, a vigilância interna perto das bilheterias está sendo efetiva. "Assalto nas bilheterias caiu muito. Antes, de mês em mês, a gente sabia de um, mas ultimamente tem parado, acho que faz uns dez meses que não tem nenhum."

Segundo o chefe de segurança da CBTU-Metrorec, Marco Menezes, a diminuição do índice de violência se dá “ao trabalho excessivo que está sendo feito há muito tempo, desde 2003 quando teve um aumento na criminalidade”. A equipe do Metrorec criou uma nova estratégia de segurança pública, colocada em prática por um grupo terceirizado em conjunto com o policiamento rodoviário.

“Eles atuam em ronda, passam um tempo em um local, depois vão para outro, porque não tem como cobrir todos os lugares e o meliante atua justamente quando não tem os grupos de segurança. Em alguns casos a segurança trabalha sem farda misturada às pessoas comuns, para que a gente possa identificar os pontos”, explica Marco Menezes sobre o trabalho da segurança. “O trabalho vai ter continuidade. Nosso objetivo é zerar as ocorrências. Não posso dizer que não haja, mas elas diminuíram consideravelmente, dificilmente ocorrem.”

Com a vigilância em alta quem sai no lucro é a população. "De qualquer forma a violência existe, mas diminuiu muito. Aqui eu nunca vi", declarou Zilma Dantas, que trabalha na limpeza da Estação Recife há 20 anos. Ela já passou por várias estações, inclusive a Joana Bezerra que é considerada a mais violenta, e disse nunca ter passado por nenhuma situação violenta.

É o que confirma o aposentado Ivanildo Celestino da Silva, que utiliza o metrô há 25 anos, cinco vezes por semana. Ele concorda com a diminuição da violência nas estações e metrôs, mas adverte: "Aqui no metrô a gente não acha violência não, mas nos ônibus tem muito". Resta agora torcer para que a efetiva segurança do sistema metro-ferroviário seja realizada também nos outros transportes urbanos, garantindo uma maior qualidade de vida aos recifenses.

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